Jogos Suicidas "o perigo dos desafios online"

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créditos a new 18 creative

Até onde os jovens são capazes de ir?

Os jogos online são febre, principalmente entre os jovens. Porém, entre as inúmeras

opções dispostas na web, os jogos de desafios estão em alta, o que preocupa cada vez mais. O Blue While, ou Baleia Azul é um dos inúmeros jogos de desafios, e vem gerando polêmicas.

O jogo consiste em um grupo fechado na rede social Facebook, onde 50 desafios são propostos aos internautas no período de 50 dias, com hora marcada: cada prova é postada exatamente às 4h20 da madrugada. Os desafiados devem cumprir as provas e postar o feito depois de realiza-lo. Um dos desafios, que deu origem ao nome do jogo, pede para que se

desenhe uma baleia azul no braço, com faca ou lâmina. E o desafio final, é suicidar-se.

Já são confirmados dois suicídios por causa deste jogo. Uma das jovens, Yulia Konstantinova, minutos antes de saltar do décimo quarto andar de um prédio, publicou no seu perfil a palavra “End”, postando ainda uma fotografia de uma baleia azul. Outros desafios semelhantes correm soltos na web.

créditos ao jornal O Globo

No Brasil, Gustavo Riveiros Detter de 13 anos morreu menos de 24 horas depois de ser encontrado dentro do quarto do pai com uma corda enrolada no pescoço e em frente a um computador. A suspeita da família é que o incidente tenha relação com o desafio de um jogo online do qual o garoto brincava com amigos e acabou perdendo. O caso aconteceu em São Vicente, no litoral de São Paulo.

Os popularmente conhecidos “Jogos Suicidas” propõe provas praticamente impossíveis aos

internautas. O Choking Game, ou jogo da asfixia, já deixou uma série de vítimas pelo mundo. O Duct tape challange, consiste em amarrar todo o corpo com uma fita adesiva e tentar se soltar o mais rápido possível. O problema é que tal posição deixa o corpo totalmente exposto em caso de quedas e a cabeça desprotegida. O Desafio do Preservativo, propõe que o desafiado aspire um preservativo pelo nariz e inspire até ser retirado pela boca. Os riscos vão desde uma sinusite grave até uma obstrução pulmonar que pode provocar a morte. Em caso de vômito durante a aspiração, o preservativo pode acabar nos pulmões levando a muitas complicações.

O psicólogo Clayton Luiz Zanella esclarece alguns fatos sobre o tema. "Esses jogos patológicos como o da Baleia Azul, geralmente atraem jovens que já tem transtornos psicológicos, que já passam por situações de frustração, isolamento social ou Bullying e acabam procurando esses jogos como uma forma de obtenção de coragem ou de fazer coisas mais emocionantes, por achar que a vida está sem graça.

Para o jogador, matar-se faz com que você seja um vencedor.

"Para identificar o problema, tanto pais como educadores devem estar atentos a

mudanças extremas de comportamento do jovem. Isolamento, exclusão da vida em sociedade, não querer ter amigos ou até mesmo a situação contrária, se o jovem era calmo e de uma hora para outra passa a ser superativo e inquieto. Os pais que tem filhos que já tem problemas de autoestima, problemas com drogas ou coisas do gênero, devem tomar ainda mais cuidado." comenta.

Uma vez que o problema é identificado, os pais da vítima devem tomar medidas de

intervenção imediata. Procurando a ajuda especializada de um psicólogo ou psiquiatra, a

situação pode ser tratada da maneira correta. Os profissionais vão ajudar o jovem e a toda a

família dele, que acaba adoecendo junto com o adolescente, pois muitas vezes, motivos

familiares é que causam ansiedade, depressão e angústia no jovem. O monitoramento do uso da internet é a melhor forma de evitar o problema, além de fornecer ao adolescente, sempre,muito amor, carinho, motivação e respeito.

O gamer Felipe V. Gomes, o Lipão, grande influenciador digital na área dos jogos afirma que a internet hoje, é uma via rápida para todos os assuntos, porém, a escolha sobre qual caminho seguir vem dos internautas. O dever da rede não é de educar e sim de entreter os jovens.

“O influenciador digital tem uma grande responsabilidade. Cuidar o que se diz e o

material que se apresenta ao público é o mínimo que podemos fazer. Porém muitos pais

acham que seus filhos falam palavrão ou agem de maneira inadequada por que viram alguém fazer isso na internet e não é bem assim".

Se a criança tem uma boa base educacional e acompanhamento de seus pais, não é a internet que será capaz de influenciá-la. ” – Afirma Felipe.