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Tradições inspiram a banda “Angélica Alves e os Guris”

  • Foto do escritor: Caçarelatos
    Caçarelatos
  • 30 de mai. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 5 de jul. de 2018

Há três anos o grupo vem representando a tradição gaúcha por Caçador e região


O grupo Gaúcho em uma das suas apresentações no parque central de Caçador

Não seria novidade dizer que o mundo é formado por diversas etnias. O Brasil mesmo, quantas variações, o idioma é mudado conforme as regiões, e na música não é diferente. No sul do país o forte é a tradicional música gaúcha, danças com trajes nomeados como Pilcha e bailes típicos. Em Caçador-SC, encontra-se um grupo que representa bem essa tradição, “Angélica Alves e os Guris”.


A banda é formada por cinco integrantes, todos se consideram como uma família. “ Bom, eu sou gaiteiro de gaita piana, Matheus Menegat, grande amigo e compadre da Angélica, que é a vocalista. O pai dela é o percussionista da banda. O tio dela é contrabaixista e o namorado dela é gaiteiro de gaita ponto", afirmar o gaiteiro Matheus.


Todo os membros do grupo foram criados no meio da tradição, como exemplo, os pais de Angélica foram professores de dança gaúcha e ela conheceu o seu atual namorado, no ramo. “A paixão surgiu através de ver as pessoas dançando. A música me marcou quando veio um homem aqui em casa e escutou umas das minhas canções e chorou. Naquele tempo eu tocava sertanejo, mas, quando eu comecei com o estilo gaúcho e vi o público dançando, isso foi ainda mais forte,

Ninguém dança triste. Então essa alegria que espalhamos através da música é que nos alegra”, conta a vocalista Angélica.

O grupo já está na estrada há três anos, e em 2017 na festa de aniversário do município de Caçador, conseguiram alcançar aproximadamente duas mil pessoas no seu show. Mas, durante esse tempo eles tem enfrentado algumas dificuldades. “É complicada a questão de nosso estilo ser muito centralizado, ele tem um público específico”, afirmar o percussionista, Claudinei Alves.


A banda segue firme na tradição, apresentando-se em bailes, cidades vizinhas, jantares, entre outros. E o mais importante: cumprindo com o seu objetivo. “ Sem dúvidas a nossa maior meta é espalhar a cultura gaúcha, e principalmente levar a alegria às pessoas”, finaliza Angélica.


Depoimento de um amor através da música


Algélica Alves e seu namorado, Adroaldo ( foto:Edison Porto)

“Conheci o Adroaldo no dia 15 de agosto de 2015. Antes tocávamos só eu e o Matheus, então ele apareceu. Meu pai e o padrasto dele são amigos e foi assim que nos conhecemos. Como ele era gaiteiro de gaita ponto, foi perfeito, estávamos precisando. Nisso começamos a tocar juntos. Nós trocamos os números de telefones só uma semana depois, quando nos apresentamos juntos pela primeira vez, no sítio Locatelli, era um almoço com matinê. Naquela tarde nós dançamos bastante juntos e começamos a conversar...

Ele pessoalmente era muito tímido, mas pelo WhatsApp era mais solto. Acabou que ficamos muito íntimos. Até que um dia eu revelei que estava gostando dele. De imediato ele não retribuiu, só falou que queria me encontrar na manhã seguinte. Nos encontramos, conversamos e ele falou que também gostava muito de mim, mas tinha medo de falar e eu não sentir a mesma coisa, e também que ficou muito feliz em saber que era recíproco, porque ele estava apaixonado. Nos damos muito bem por que nossa cultura combina, eu canto pra ele e ele faz músicas para mim. Vamos a bailes e jantares juntos e somos muito felizes”, relatou a vocalista Angélica Alves.


Você sabe a diferença entre a Gaita Piana e Gaita de ponto?



A gaita piana, é chamada assim porque se assemelha a um piano, contendo teclas brancas e pretas (meios tons). Existe uma série de variações, tanto de som, quanto da quantidade de baixos. As marcas mais conhecidas são: Todeschini, Scandalli, Pampeana e Piatanesi.




A gaita ponto é totalmente diferente, ela não tem teclas e tem palhetas de duplo som, ou seja, quando o fole é puxado, se produz um som e quando o fole é empurrado, outro. A gaita ponto também é mais difícil de tocar. As marcas mais conhecidas são a Minuano e a Todeschini.




Conheça o vocabulário dos gaúchos


Tchê: vem do guarani (che) que significa "meu"

Melena: cabelo

Cusco: cachorro

Pingo: cavalo

Querência: terra natal, lugar

Abagualado: muito bom

China ou chinoca: mulher

Descontado: muito bom

Guampa: recipiente feito de chifre onde se armazenam bebidas

Peleia: briga

Pechada: batida

Cacetinho: pão francês

Gavionar: dar em cima de uma mulher, paquerar

Ressabiado: assustado


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 BEATRIZ LIMA

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